Fatores preditivos do internamento em serviço de terapia intensiva em pacientes com COVID-19: um estudo caso controle
DOI:
https://doi.org/10.12873/411cabralPalavras-chave:
COVID-19, Coronavírus, Unidade de Terapia Intensiva, Fatores de riscoResumo
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar os potenciais fatores preditivos para o agravamento da COVID-19 em pacientes internados em um hospital de referência no nordeste do Brasil.
Métodos: Estudo caso-controle não pareado realizado com 235 pacientes internados em hospital de referência no Nordeste do Brasil entre março e abril de 2020. O grupo de casos foi composto por indivíduos que necessitaram de internação em UTI. O grupo controle foi composto por pacientes internados por COVID-19 que não atendiam aos critérios estabelecidos no protocolo institucional para classificação como “caso grave da doença” e, portanto, não necessitavam de cuidados intensivos.
Resultados: O grupo caso foi composto por 84 pacientes com mediana de idade de 45 anos (P25-P75: 36-59); 63,1% eram homens; 56,0% tinham menos de 60 anos; 76,2% tinham excesso de peso; 14,3% tinham cardiopatia prévia; 46,4% tinham hipertensão; 11,9% tinham doença pulmonar; e 67,1% tomavam medicamentos de uso contínuo. A mediana de permanência dos casos graves na UTI se correlacionou positivamente com o peso e o IMC apenas nas pacientes do sexo feminino com menos de 60 anos de idade.
Conclusão: A análise de regressão logística revelou que idade superior a 60 anos e sistema cardiovascular comprometido foram fatores preditivos independentes para a gravidade do COVID-19.
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