Evolução clínica e nutricional de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital de referência do estado de Pernambuco.
DOI:
https://doi.org/10.12873/441gomesPalavras-chave:
Cirurgia Bariátrica, Comorbidade, Obesidade, Perda de PesoResumo
A obesidade é fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis como Diabetes Mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial Sistêmica, dislipidemias, entre outras. A gastroplastia está entre as alternativas terapêuticas com boa resposta sobre a perda ponderal quando exercício físico e dieta não foram eficientes, resultando em melhor controle clínico de comorbidades associadas. Portanto, analisar a evolução clínica e nutricional de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital de referência no estado de Pernambuco, 12 meses após o procedimento, a fim de observar os impactos desta terapêutica. Foi realizado uma série de casos, que incluiu indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica e que possuíam alguma comorbidade associada ao excesso ponderal. A coleta de dados foi realizada no ambulatório de nutrição do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP, na cidade de Recife-Pernambuco, período de maio de 2021 a outubro de 2021. Sendo obtidos dados antropométricos, clínicos e bioquímicos. Foram incluídos no estudo 40 indivíduos com idade média de 43 ± 11,7 anos, com predominância do sexo feminino (92,5%), sendo a técnica cirúrgica mais realizada o Bypass Gástrico (77,5%). Foi observado redução da Hemoglobina Glicada de 5,8% ± 0,5 no pré-operatório para 5,1% ± 0,2 aos 12 meses (p = <0,001), e redução do Colesterol Total de 199,0mg/dL para 167,0mg/dL (p = <0,001) antes e 12 meses após a gastroplastia, respectivamente. Além destas, observamos melhora estatisticamente significativa em todas as variáveis antropométricas e bioquímicas analisadas, exceto a glicemia em jejum. Tais resultados podem ser explicados a partir das alterações da secreção de hormônios intestinais, que auxiliam no melhor controle glicídico, lipídico e pressórico, além da perda ponderal. Além da reeducação alimentar e restrição calóricas proporcionadas pelo acompanhamento nutricional e intervenção cirúrgica. Diante disso, a cirurgia bariátrica parece ter impacto positivo na evolução bioquímica e antropométrica no primeiro ano de pós-operatório.
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